Ontem eu ia "tomar café" com uma aluna/amiga, mas ela teve um problema de saúde e precisou desmarcar. Ai pensei... o que vou fazer depois da minha aula?? Estava "disposta", a fim de fazer algo! Ahh cinema né? rs Fui até o Reserva tentar chegar à tempo do filme "Tudo pode dar certo", do Woody Allen, mas não consegui.. Daí fui para a livraria Cultura, no Conjunto Nacional.
Bom percebi uma muvuquinha no lugar, como repórteres, fãs.. estreia de um livro não sei de quem... só sei que era modelo, bonitona e tal. Segui em busca de algum livro; já tinha em mente algum da Thrity Umrigar (que gosto muito), mas acabei fuçando outras coisas... básico, na área de religião, auto-ajuda.
Vi alguns livros diferentes, de yoga, mas me interessei por um novo do Nilton Bonder, o mesmo autor da "A alma imoral". Vi a peça e partes do livro na própria livraria meses atrás.. Adoreiii! Até tenho um frase dele no meu orkut.
Dois livros na mão.. Bia decide a vida!!! Já está lendo outros dois!!! Ok.. só um! rs Escolhi pelo livro do Nilton, chamado "Tirando os sapatos".
O autor foi convidado a participar, com representantes de outros países e religiões, de uma pelegrinaçao no Oriente Médio, organizada pelo Departamento da Universidade de Harvard. O intuito dessa viagem foi percorrer o caminho de Abraão, com uma visão do judaísmo, cristianismo e islamismo.
Li algumas páginas e já estou encantada! Pelo jeito vai ser uma leitura rápida, com uma troca muito boa. Quero escrever algo do livro, que achei muito interessante:
"Quando, no deserto, Moisés viu a sarça ardente que não se consumia, ele se aproximou e ouviu:
"Tira os sapatos de teus pés, porque o lugar em que tu estás é terra santa".
Milênios depois, explicava o Rabino de Apta em sua obra Oeiv Israel:
O que é retirar o sapato? O sapato representa o que está amoldado a nosso pé, é a forma que acompanha nosso feitio, nossos calos.
Deus diz ao ser humano como disse à Moisés:
- Descalça teus sapatos, retira de ti o habitual que te envolve e reconhecerás que o lugar onde estás nesse momento é sagrado. Porque não há lugar ou momento que não seja sagrado".
O autor explica a relação ambígua entre o calçado e o caminhante, entre o fundamento e a essência ou entre a sola e o solo.
Tudo vem em forma de representação: o sapato, nesse caso, representa a proteção indispensável entre o ser e o seu meio. O calçado nos protege da sola, mas para que cada passo seja confortável ao pé e para que ele não se despegue é preciso que o corpo do sapato vá se ajustando à nossa forma.
O solo representa o pavimento da vida e ele não se ajusta à nossa pisada. Muitas vezes, é preciso tirar o sapato e tocar o chão com a planta do pé. Entramos em contato com uma superfície irregular e desconfortável que pode até nos ferir. Mas esta será uma experiência de libertação e expansão. SENTIR O CHÃO É REENCONTRAR A VIDA.
Precisamos de sapato para caminhar, mas é do solo que vem a base e o alicerce.
Essa é a ideia principal do livro. Achei muito interessante e recomendo essa leitura.
Sou daquelas que gosta de "mensagem". Tenho uma amigo que conversa comigo sobre teatro e filmes e, quando ele indica algo, sempre pergunto: "Tem alguma mensagem"? Ele, sendo muito racional, fica p da vida comigo... rs.
Bom final de semana!!!
Namaste _/\_
sexta-feira, 30 de abril de 2010
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Relação corpomente
Estou lendo um livro muito interessante, indicado por uma aluna que é professora de Psicologia da PUC. O nome do livro é CORPOMENTE.
A prática de Yoga tem como objetivo unir corpo e mente, buscar essa conexão que parece ser fácil, mas quem pratica sabe que não é.. Se a mente não estiver presente facilmente perdemos o equilíbrio na postura.
Quem nunca usou o termo: "Estava lá de corpo-presente..."??? Pois é, estar com o corpo e mente conectados é uma prática difícil, já que gastamos muita energia com o passado e/ou com o futuro.
Estou no início do livro; li uma parte que achei muito interessante e quero dividir com vocês. O escritor fala sobre como as emoções e experiências influem na formação e estrutura dos nossos músculos e tecidos.
Já perceberam alguma diferença entre sua perna direita e esquerda? Ou seu braço direito é igual ao esquerdo? Observem.. a diferença é nítida e, podem ter certeza que essas assimetrias falam muito de você. Faz parte do autoconhecimento, da conexão observar o seu corpo e, principalmente, estar com a mente conectada.
Segue abaixo um trecho do livro:
"Não sou suave, pois nem sempre minha vida foi suave. Não sou perfeitamente equilibrado, pois meus sentimentos nem sempre são equilibrados. Não sou simétrico, pois meus atos não são simétricos. Minha força muscular não está distribuída com igualdade no meu corpo, da mesma forma que meus interesses não estão proporcionalmente repartidos em minha vida. De certo modo, meu corpo é como o corpo da terra, a qual, com suas montanhas, vales, leitos de rios e topografia desigual conta a estória da sua história e criação com a mesma veracidade com a qual meu corpo expressa as tentativas e as mudanças criativas que experementei realizar ao longo de minha vida. Todo aspecto do meu corpo reflete um aspecto distinto do meu self, o qual, atingindo em carne, defronta com as paixões e com os desafios nos quais estou continuamente envolvido".
Não é interessante? Tem sentido! E como tem...
As pessoas nascem com um determinado corpo e podem ter certeza que todos nós temos limitações físicas. Faz parte do processo essas limitações, as dificuldades e os medos. Isso é que nos faz evoluir, aprender com cada prática e postura. Como diz o conhecido provérbio: "Nem tudo o que a gente pode a gente quer; e nem tudo o que a gente quer a gente pode". Isso acontece numa prática e na vida!
Não façam ásana apenas com o corpo físico, como ginástica. Observem os lados, as diferenças, as dificuldades; percebem sempre como o corpo e a mente reagem com cada postura.
Façam o seu melhor, tenha disciplina, mas sem cobranças.. "Eu tenho que fazer a postura". Não "tem que" nada!!! Se fizer ok, se não conseguir ok também... Desde que estejam conectados, no PRESENTE é o que importa!
Pratiquem Yoga 24 horas por dia, 7 vezes na semana, 365 dias do ano...
Boa semana!!!
Namastê _/\_
quinta-feira, 15 de abril de 2010
Relíquias... Reencontro.
Domingo, dia 11 de abril de 2010, última dia da exposição das relíquias de buda.
Dia frio, aqueles úmidos que a gente precisa coragem pra sair de casa... Mas valeu à pena quando o motivo é ver uma exposição que percorre todo o mundo sobre as relíquias de buda e rever alguns amigos que há muito tempo não via.
Acordei cedo para um domingo (gelado): 7h11. Pois eh...
Café na padoca antes de seguir à caminho da Liberdade.
Como foi bom reencontrar pessoas que praticamente vi crescer e cresci junto, claro... e não mudaram! São pessoas especiais, praticamente adultos e muito bem educados!!! Fiquei tão feliz...
Nossa a fila estava gigantesca!!! Como já estava com meus amigos decidimos ir almoçar antes. Com a pança cheia fica mais fácil esperar, não é mesmo??
Eu era quem sabia "mais" sobre o assunto.. Eles me acompanharam, mas acredito que gostaram, pois é uma exposição muito interessante!
Gente não tenho uma religião definida. Sou aberta pra conhecer religiões, culturas diferentes.. gosto bastante disso, por sinal. Senti uma energia tão boa!!!! Nossa... Que bom que eu fui!
Conversei com algumas pessoas que foram e elas me disseram a mesma coisa!
Bom, vou falar um pouco sobre a turnê, já que antes não pude comentar sobre o assunto por falta de conhecimento.
Exposição das Relíquias do Santuário do Coração do Projeto Maitreia.
Uma coleção com mais de 1000 relíquias sagradas sobre Buda e de outros mestres budistas sendo exposta por todo o mundo. Essa relíquias serão guardadas de forma definitiva em um relicário no coração da magnífica estátua do Buda Maitreia, que está sendo construída em Kushinagar, na Índia.
Quando os corpos dos mestres espirituais são cremados surgem belos cristais parecidos com pérolas entre suas cinzas. Os tibetanos os denominam ringsel. Estes ringsel são especiais por guardarem a essência das qualidades do mestre espiritual. Sua pureza interna aparece na forma das relíquias. Os verdadeiros mestres espirituais não falam, de modo geral, sobre suas realizações. As relíquias são evidências físicas do que o mestre alcançou qualidade de compaixão e sabedoria antes da morte.
As Relíquias proporcionam uma oportunidade única de conexão espiritual com seres iluminados. Estes mestres escolheram, deliberadamente, deixar estas Relíquias de forma que nós possamos gerar as causas de nossa própria felicidade.
Inúmeras pessoas vêm se conectando diretamente à poderosa energia de amor que emanam das Relíquias. Budistas e não-budistas relatam que se sentem inspirados, curados e em paz, simplesmente por estarem na presença das Relíquias. Cada visitante acessa o aspecto divino em si mesmo.
A maior parte das Relíquias são de Buda Sakiamuni, o Buda histórico que nasceu em 563 A.C. Também há relíquias de discípulos do Buda, fundadores de linhagem de diferentes tradições, bem como mestres contemporâneos.
Projeto Maitreia
O Projeto Maitreia está construindo uma estátua de 152 metros de altura do Buda Maitreia em Kushinagar, na Índia. A estátua será um símbolo da bondade amorosa para o mundo, e colocará a bondade amorosa em efeito prático direto, através da construção de escolas, hospitais e clínicas; e indireto, pelo crescimento da economia que beneficiará a população local.
terça-feira, 6 de abril de 2010
Turnê das Relíquias Sagradas do Santuário do Coração
Pessoal recebi essa indicaçao da Marcia, amiga que conheci no mundo do yoga. Não fui, mas pelo que li a respeito parece ser interessante.
Essa turnê mostra relíquias de buda, de diferentes linhas, já que tem o budismo japonês, tibetano, chinês... acredito que vale à pena uma visita, ainda mais que será apenas esse final de semana.
O link está logo abaixo...
Beijo.
Namastê sempre!
http://www.maitreyaproject.org/pt/relic/index.html
Essa turnê mostra relíquias de buda, de diferentes linhas, já que tem o budismo japonês, tibetano, chinês... acredito que vale à pena uma visita, ainda mais que será apenas esse final de semana.
O link está logo abaixo...
Beijo.
Namastê sempre!
http://www.maitreyaproject.org/pt/relic/index.html
segunda-feira, 5 de abril de 2010
urban manners 2
Urban Manners 2 é o nome da exposição que INFELIZMENTE já encerrou. Estava no Sesc Pompéia desde janeiro e se referia à arte contemporânea da Índia.
Bom as vezes amo, as vezes odeio a Lu.. rs Ela que arrumou esse programa que adorei participar! Enfim, fomos participar de um programa da TV Cultura chamado Login e nossa função foi comentar sobre a exposição, já que somos professoras de Yoga e conhecemos a Índia.
Eu não entendo nada sobre arte. Fiquei preocupada no início, mas ok.. ninguém precisa entender não é mesmo? Entendo que arte nos transmite algo, nem sempre absorvemos a mensagem que o artista quis passar, pois cada um absorve de uma maneira.
Eu me diverti com os pessoal do programa e principalmente com a exposição. Fotos, esculturas, pinturas, arte visual... enfim, de tudo um pouco para falar sobre a modernização na Índia, em contrapartida da forte cultura e tradições desse país.
Eu visitei a Índia duas vezes: primeira vez em 2008, onde fiquei 45 dias e a segunda agora, em 2010, permanecendo 30 dias. Nesse período já vi mudanças... Boas, claro, mas por outro lado preocupantes.
Admiro a Índia por vários motivos... Acredito que já vivi ou passei por lá antes, talvez por isso tenho essa afinidade. Pelo Yoga também, sem dúvida nenhuma. Meu professor disse que a Índia tem uma energia muito forte, que lá somos quem realmente somos. Dizem que lá é o país mais antigo, onde se concentra todas a religiões. Essa mistura e diferença de cultura é muito interessante... Abstração e surreal são palavras bem utilizadas nesse lugar! Quem já foi sabe o que estou falando.
O Urban Manners mostra as mudanças que vem acontecendo com a Índia, a ocidentalização, modernidade, capitalismo e na minha visão, o materialismo. Acho importante essa "evolução", já que hoje o acesso às informações estão cada vez mais próximos. A distância encurtou!
Algumas fotos foram expostas retratando esses dois lados, como a foto de um cômodo com móveis super modermos de aço, estilo retrô com a presença de duas mulheres, na postura de cócoras, vestidas com sári e com olhar submisso de uma dalit.. Parecia ser empregada, com pano e espanador nas mãos. Trem super lotado, trânsito nas ruas, um gostoso chai sendo consumido na rua na xícara e pires, taj mahal...
A obra que mais gostei foi a estátua de Gandhi, sentado no chão com as pernas cruzadas todo pixado.. atrás dele diversas propagandas bem coloridas oferecendo serviços e produtos como sexologista, mecânico, inseticida, venda de cadeiras... Adorei! Retratou muito bem como está a Índia atualmente.
Gandhi tem um papel tão importante na humanidade.. Pra Índia então nem se fala! A não-violência foi uma das mensagens que ele deixou para conquistar a indepêndencia do país. Entre outros valores, claro!
A minha preocupação é com essa perda ... O capitalismo, que gera o consumismo, faz com que os valores sejam invertidos, fazendo com que as pessoas colocam o foco na busca pelo "TER" e não pelo "SER".
Esse final de semana estava em mais uma conversa filosófica com a minha mãe. Uma das frases que falei pra ela foi a seguinte: "Será que Deus quer saber que carro você tem? Tem alguma diferença pra Ele saber sabe se você tem um Audi ou um Fusca? Acho que não..."
Umas das coisas que vejo na Índia e me admiro é a devoção daquele povo.. É claro que sendo um país tão pobre precisamos no apegar a espiritualidade, mas é diferente.. Fazem de corpo e alma, não apenas de corpo-presente. Essa é minha visão, ok?
Agradecem pela comida, nos carros sempre tem um Deus no painel, cantam mantram antes de uma prática, depois da prática.. até mesmo o gesto "namaste" tem um significado tão profundo, tão bonito..
Precisamos presentear alguém pra ela saber que é importante? Ou para saber que gostamos dela? Qual o significado da matéria pra nós?
Importante termos algumas coisas básicas para uma vida, vamos dizer "digna", mas a relação que temos com essa matéria é importante termos consciência. Essa apego no "ter".. Que nunca tem fim! Sempre vai existir um carro melhor, maior, uma casa assim, assada... Precisamos fazer algo pra nós mesmos, e não para mostrar ou provar para os outros. A felicidade não se compra, se conquista! Não se compra saúde ou a cura de uma doença na esquina. Tudo está em nós mesmos, bem perto. E a gente acha que está longe, que precisamos de "muito", passar por cima dos outros, fazer maldade.. Puro alimento para o Ego!
Outro dia estava com um amigo. Ele me contou que tinha trocado de carro e que o carro tinha isso e aquilo... Sabe essas coisas de conquista? Coitado... Ai eu disse: "Homem é ligado nessas coisas ne?" Vou falar o quê pra esse ser?? rs
Fico feliz com a modernidade da Índia, faz parte, é necessário: viadutos estão sendo construídos pra melhorar o trânsito, papel higiênico nos mercadinhos!!! rs Ao mesmo tempo não quero perceber que os indianos estão querendo comprar compulsivamente, preocupando em ter bens materiais... Acontece, isso é fato, mas espero que certa tradição, devoção e espiritualidade seja mantida... Equilíbrio. Será???
Bom as vezes amo, as vezes odeio a Lu.. rs Ela que arrumou esse programa que adorei participar! Enfim, fomos participar de um programa da TV Cultura chamado Login e nossa função foi comentar sobre a exposição, já que somos professoras de Yoga e conhecemos a Índia.
Eu não entendo nada sobre arte. Fiquei preocupada no início, mas ok.. ninguém precisa entender não é mesmo? Entendo que arte nos transmite algo, nem sempre absorvemos a mensagem que o artista quis passar, pois cada um absorve de uma maneira.
Eu me diverti com os pessoal do programa e principalmente com a exposição. Fotos, esculturas, pinturas, arte visual... enfim, de tudo um pouco para falar sobre a modernização na Índia, em contrapartida da forte cultura e tradições desse país.
Eu visitei a Índia duas vezes: primeira vez em 2008, onde fiquei 45 dias e a segunda agora, em 2010, permanecendo 30 dias. Nesse período já vi mudanças... Boas, claro, mas por outro lado preocupantes.
Admiro a Índia por vários motivos... Acredito que já vivi ou passei por lá antes, talvez por isso tenho essa afinidade. Pelo Yoga também, sem dúvida nenhuma. Meu professor disse que a Índia tem uma energia muito forte, que lá somos quem realmente somos. Dizem que lá é o país mais antigo, onde se concentra todas a religiões. Essa mistura e diferença de cultura é muito interessante... Abstração e surreal são palavras bem utilizadas nesse lugar! Quem já foi sabe o que estou falando.
O Urban Manners mostra as mudanças que vem acontecendo com a Índia, a ocidentalização, modernidade, capitalismo e na minha visão, o materialismo. Acho importante essa "evolução", já que hoje o acesso às informações estão cada vez mais próximos. A distância encurtou!
Algumas fotos foram expostas retratando esses dois lados, como a foto de um cômodo com móveis super modermos de aço, estilo retrô com a presença de duas mulheres, na postura de cócoras, vestidas com sári e com olhar submisso de uma dalit.. Parecia ser empregada, com pano e espanador nas mãos. Trem super lotado, trânsito nas ruas, um gostoso chai sendo consumido na rua na xícara e pires, taj mahal...
A obra que mais gostei foi a estátua de Gandhi, sentado no chão com as pernas cruzadas todo pixado.. atrás dele diversas propagandas bem coloridas oferecendo serviços e produtos como sexologista, mecânico, inseticida, venda de cadeiras... Adorei! Retratou muito bem como está a Índia atualmente.
Gandhi tem um papel tão importante na humanidade.. Pra Índia então nem se fala! A não-violência foi uma das mensagens que ele deixou para conquistar a indepêndencia do país. Entre outros valores, claro!
A minha preocupação é com essa perda ... O capitalismo, que gera o consumismo, faz com que os valores sejam invertidos, fazendo com que as pessoas colocam o foco na busca pelo "TER" e não pelo "SER".
Esse final de semana estava em mais uma conversa filosófica com a minha mãe. Uma das frases que falei pra ela foi a seguinte: "Será que Deus quer saber que carro você tem? Tem alguma diferença pra Ele saber sabe se você tem um Audi ou um Fusca? Acho que não..."
Umas das coisas que vejo na Índia e me admiro é a devoção daquele povo.. É claro que sendo um país tão pobre precisamos no apegar a espiritualidade, mas é diferente.. Fazem de corpo e alma, não apenas de corpo-presente. Essa é minha visão, ok?
Agradecem pela comida, nos carros sempre tem um Deus no painel, cantam mantram antes de uma prática, depois da prática.. até mesmo o gesto "namaste" tem um significado tão profundo, tão bonito..
Precisamos presentear alguém pra ela saber que é importante? Ou para saber que gostamos dela? Qual o significado da matéria pra nós?
Importante termos algumas coisas básicas para uma vida, vamos dizer "digna", mas a relação que temos com essa matéria é importante termos consciência. Essa apego no "ter".. Que nunca tem fim! Sempre vai existir um carro melhor, maior, uma casa assim, assada... Precisamos fazer algo pra nós mesmos, e não para mostrar ou provar para os outros. A felicidade não se compra, se conquista! Não se compra saúde ou a cura de uma doença na esquina. Tudo está em nós mesmos, bem perto. E a gente acha que está longe, que precisamos de "muito", passar por cima dos outros, fazer maldade.. Puro alimento para o Ego!
Outro dia estava com um amigo. Ele me contou que tinha trocado de carro e que o carro tinha isso e aquilo... Sabe essas coisas de conquista? Coitado... Ai eu disse: "Homem é ligado nessas coisas ne?" Vou falar o quê pra esse ser?? rs
Fico feliz com a modernidade da Índia, faz parte, é necessário: viadutos estão sendo construídos pra melhorar o trânsito, papel higiênico nos mercadinhos!!! rs Ao mesmo tempo não quero perceber que os indianos estão querendo comprar compulsivamente, preocupando em ter bens materiais... Acontece, isso é fato, mas espero que certa tradição, devoção e espiritualidade seja mantida... Equilíbrio. Será???
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