sexta-feira, 30 de abril de 2010

Tirando os sapatos

Ontem eu ia "tomar café" com uma aluna/amiga, mas ela teve um problema de saúde e precisou desmarcar. Ai pensei... o que vou fazer depois da minha aula?? Estava "disposta", a fim de fazer algo! Ahh cinema né? rs Fui até o Reserva tentar chegar à tempo do filme "Tudo pode dar certo", do Woody Allen, mas não consegui.. Daí fui para a livraria Cultura, no Conjunto Nacional.

Bom percebi uma muvuquinha no lugar, como repórteres, fãs.. estreia de um livro não sei de quem... só sei que era modelo, bonitona e tal. Segui em busca de algum livro; já tinha em mente algum da Thrity Umrigar (que gosto muito), mas acabei fuçando outras coisas... básico, na área de religião, auto-ajuda.

Vi alguns livros diferentes, de yoga, mas me interessei por um novo do Nilton Bonder, o mesmo autor da "A alma imoral". Vi a peça e partes do livro na própria livraria meses atrás.. Adoreiii! Até tenho um frase dele no meu orkut.

Dois livros na mão.. Bia decide a vida!!! Já está lendo outros dois!!! Ok.. só um! rs Escolhi pelo livro do Nilton, chamado "Tirando os sapatos".

O autor foi convidado a participar, com representantes de outros países e religiões, de uma pelegrinaçao no Oriente Médio, organizada pelo Departamento da Universidade de Harvard. O intuito dessa viagem foi percorrer o caminho de Abraão, com uma visão do judaísmo, cristianismo e islamismo.

Li algumas páginas e já estou encantada! Pelo jeito vai ser uma leitura rápida, com uma troca muito boa. Quero escrever algo do livro, que achei muito interessante:



"Quando, no deserto, Moisés viu a sarça ardente que não se consumia, ele se aproximou e ouviu:

"Tira os sapatos de teus pés, porque o lugar em que tu estás é terra santa".

Milênios depois, explicava o Rabino de Apta em sua obra Oeiv Israel:

O que é retirar o sapato? O sapato representa o que está amoldado a nosso pé, é a forma que acompanha nosso feitio, nossos calos.

Deus diz ao ser humano como disse à Moisés:

- Descalça teus sapatos, retira de ti o habitual que te envolve e reconhecerás que o lugar onde estás nesse momento é sagrado. Porque não há lugar ou momento que não seja sagrado".

O autor explica a relação ambígua entre o calçado e o caminhante, entre o fundamento e a essência ou entre a sola e o solo.
Tudo vem em forma de representação: o sapato, nesse caso, representa a proteção indispensável entre o ser e o seu meio. O calçado nos protege da sola, mas para que cada passo seja confortável ao pé e para que ele não se despegue é preciso que o corpo do sapato vá se ajustando à nossa forma.
O solo representa o pavimento da vida e ele não se ajusta à nossa pisada. Muitas vezes, é preciso tirar o sapato e tocar o chão com a planta do pé. Entramos em contato com uma superfície irregular e desconfortável que pode até nos ferir. Mas esta será uma experiência de libertação e expansão. SENTIR O CHÃO É REENCONTRAR A VIDA.
Precisamos de sapato para caminhar, mas é do solo que vem a base e o alicerce.
Essa é a ideia principal do livro. Achei muito interessante e recomendo essa leitura.
Sou daquelas que gosta de "mensagem". Tenho uma amigo que conversa comigo sobre teatro e filmes e, quando ele indica algo, sempre pergunto: "Tem alguma mensagem"? Ele, sendo muito racional, fica p da vida comigo... rs.

Bom final de semana!!!

Namaste _/\_

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